Os switches são dispositivos de rede que permitem a ampliação e comunicação entre equipamentos de rede, realizando a transmissão dos dados somente entre os equipamentos envolvidos.
Este equipamentos pode ser classificados e divididos em duas principais categorias e posteriormente subdivididos em:
- Switch Modular ou Switch Ethernet de Configuração Modular
- Switch Fixo ou Switch Ethernet de Configuração Fixa
- não gerenciável
- gerenciável
Switch Modular
São equipamentos mais robustos utilizados em grandes centros para distribuição de rede ou em grandes Data Centers. Este tipo de dispositivo permite a inclusão de módulos adicionais não somente para expansão de portas mas também para aplicações específicas como firewall, analisadores de rede e melhorias de hardware como fontes de alimentação e bandejas de ventilação.
Alguns exemplos são equipamentos da linha Catalyst 9600 e Nexus 7000 da Cisco ou da linha C9https://canofre.blogspot.com/2018/02/tipos-de-switches-de-rede.html000 da Dell.
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Switches modulares Catalyst 9600 e Dell C9000 |
Switch Fixo
São equipamentos que possuem um número fixo de portas e normalmente não permitem expansão, tais como equipamentos Cisco Catalyst 2960 series, Dell N1500 series.
Em alguns casos, estes switches podem ser confundidos com modulares devido a possibilidade inclusão de módulos de expansão para portas SFP - Small Form-factor Pluggable, ou uma fonte adicional, tal como os Catalyst 3750 da Cisco.
Neste caso são módulos específicos que podem ser adicionados a um equipamento específico o que vem a ser diferente das bandejas de expansão para switches modulares.
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Switches gerenciáveis Dell N1500 e Catalyst 2960 |
a)Switches não gerenciáveis
Estes equipamentos são os mais simples no quesito de utilização, basicamente são dispositivos plug and play, que permitem ampliar o número de conexões sem a possibilidade de uma gerência mais detalhada, como priorização de tráfego para voz ou segmentação de rede.
São também os equipamentos mais atrativos financeiramente, justamente por serem menos robustos, o que leva a um menor custo de fabricação e utilização.
No entanto, não quer dizer que sejam inferiores com relação a quantidade de equipamentos suportados, pois podem ser encontrados dispositivos não gerenciáveis com suporte a um tráfego maior do que dispositivos gerenciáveis, e a um custo menor também. A escolha por este equipamento vai depender da demanda a ser atendida e das características da rede.
b)Switches gerenciáveis
São equipamentos mais robustos que permitem uma série de configurações e opções para administração da rede, tais como:
- Priorização de tráfego através de Quality of Service - QoS;
- Monitoramento via Simple Network Management Protocol - SNMP;
- Segmentação de redes virtuais (VLANs);
- Protocolos de autenticação e atribuição dinâmica de VLANs (802.1x);
- Registro de eventos possibilitando análise de logs em vários níveis;
De forma adicional, outras funcionalidades e até mesmo variações na no abrangência das mesmas, podem ser encontradas entre os diversos modelos e fabricantes. Essa variação entre equipamentos com maior e menor robustez leva as vezes a uma terceira categoria intermediárias entre os gerenciáveis e os não gerenciáveis, denominada switches inteligentes, tal como os small bussines da Cisco.
Do meu ponto de vista, os switches inteligentes, não deixam de ser gerenciáveis somente pelo fato de não suportarem a mesma quantidade de VLANs, ou não realizarem a atribuição dinâmica de VLANs nas portas, dentre outras variações, apenas possuem uma configuração menos robusta.
Também é importante frisar que esta categoria de equipamentos (gerenciáveis e inteligentes) necessita de uma configuração prévia para entrar em funcionamento, a qual pode variar de acordo com o fabricante e/ou modelos de um mesmo fabricante.
Switches L2 e L3
A classificação L2 e L3 faz referência a camada de atuação do equipamento no modelo OSI -
Open System Interconnection.
- L2 - Layer 2 : Camada 2 - Enlace de dados
- L3 - Layer 3 : Camada 3 - Rede
Na camada 2 do modelo OSI, a comunicação ocorre pela identificação do endereço físico do dispositivo, o MAC -
Media Access Control. Dessa forma, os equipamentos do tipo L2, se comunicam somente com base em endereços
MAC, propagando a comunicação em
broadcast para todas as redes lógicas nele conectadas, não permitindo o roteamento de redes ou sub-redes.
Na camada 3, a comunicação ocorre pelo endereço lógico, e dessa forma, equipamentos do tipo L3 tem a capacidade identificar redes e sub-redes (endereço IP e máscara), interconectando-as e realizando o roteamento entre as mesmas.
A camada de atuação do equipamento não está diretamente relacionada com a capacidade de gerenciamento ou não do dispositivo. Embora
switches não gerenciáveis sejam sempre do tipo L2, equipamentos gerenciáveis pode ser do tipo L2 ou L3.
Referências