23/03/2019

Configurando portas em um switch

     Primeiramente, para configurarmos uma porta é necessário acessá-la, utilizando para tal a sua identificação [tipo_de_interface] [interface], sendo estas informações variáveis de acordo com o equipamento utilizados. 
     Nos exemplos são utilizados switches gigabit e por isso o tipo de interface é gibabitEthernet. Outros tipos poderiam ser também fastEthernet ou tengigabitEthernet.

Porta em modo access

     Uma porta de acesso pode pertencer somente a uma VLAN por vez, com exceção as porta conectada a um telefone IP, que no entanto necessitam de configurações adicionais.

hostname(config)# interface gigabitEthernet 1/0/7
hostname(config-if)# description descricao da porta
hostname(config-if)# switchport mode access
hostname(config-if)# switchport access vlan 5

     O comando switchport mode access é opcional, mas altamente recomendável como prática de segurança, pois com esse comando a interface é alterada para o modo de acesso permanente e obriga o tráfego tagueado. Para atribuir uma VLAN a várias portas utilize a palavra-chave range seguido das atribuições.
     O comando switchport access vlan define qual VLAN será utilizada na porta em questão e força a criação de uma VLAN se ainda não houver nenhuma no switch. 

Porta em modo tronco

     Um tronco de VLAN é um link de camada 2 OSI entre dois switches que transporta o tráfego de todas as VLANs (a menos que a lista de VLANs permitidas seja restrita manual ou dinamicamente). Para permitir links de tronco, configure as portas em cada extremidade do link físico com os conjuntos de comandos paralelos switchport mode trunk.

     Com esse comando, a interface é alterada para o modo de entroncamento permanente. A porta entra em uma negociação de Dynamic Trunking Protocol (DTP) para converter o link em uma trunk, mesmo que a interface de conexão não concorde com a alteração.
     Sempre configure ambas as extremidades de um link de tronco com as mesmas configurações, a fim de evitar erros ou falhas na comunicação. Ainda, por padrão, todas as VLANs são permitidas em um link de tronco.

hostname(config)# interface gigabitEthernet 1/0/7
hostname(config-if)# description descricao da porta
hostname(config-if)# switchport mode trunk

Limitação de vlans em portas tronco

      Para permitir que somente determinadas vlans trafeguem em uma porta já configurada em modo tronco, basta utilizar o argumento allowed vlan, conforme o exemplo a seguir, onde são permitidas as vlans 10 e 20 e o intervalo de 30 à 40.
hostname(config)# interface gigabitEthernet 1/0/7
hostname(config-if)# switchport trunk allowed vlan 10,20,30-40
     Para adicionar novas vlans as permitida
hostname(config-if)# switchport trunk allowed vlan add 102
     Para remover uma vlan
hostname(config-if)# switchport trunk allowed vlan remove 102 
     Para remover todas as vlans e permitir todoas novamente.
hostname(config-if)# no switchport trunk allowed vlan  .

Link aggregation

     Ethernet bonding ou port channel é uma técnica usada para o acoplamento de dois ou mais canais Ethernet em paralelo para produzir um único canal de maior velocidade e/ou aumentar a disponibilidade e redundância desse canal.
     Para a configuração de um link aggregation, preferencialmente não se deve estar conectado a porta ou portas que se deseja configurar. Inicialmente deve-se criar um port-channel com um id não utilizado, que varia de 1 a metade das portas existentes no switch:
hostname(config-if)# interface port-channel 5
     Em seguida, é necessário aplicar a configuração de channel-group nas portas que se deseja configurar:
hostname(config-if)# interface range gibabitEthernet g1/0/15-16
hostname(config-if)# channel-group 5 mode on
     O modo de utilização do channel-group permite configurações adicionais de alén do on, tais como :
  • active: habilita LACP incondicionalmente. Um exemplo deste uso é em configurações de servidores de virtualização como XenSever;
  • passive:   habilita LACP somente se um dispositivo LACP for detectado;
  • auto:  habilita PAgP somente se um dispositivo com PAgP for detectado;
  • desirable: habilita PAgP incondicionalmente;
  • on: habilita somente etherchannel.
     E por fim, retornar ao port-channel e aplicar as configurações desejadas para o agrupamento de links:
hostname(config)# interface range gibabitEthernet g1/0/15-16 
hostname(config-if)# description descricao do LA
hostname(config-if)# switchport mode trunk 
     A configuração deve ser a mesma em ambos os lados do LA para evitar que ocorram problemas como portas desabilitadas ou em estado de erro. 

Referências



09/03/2019

Gerenciamento de VLANs

     Para criação de uma VLAN, é necessário definir um identificador (ID) e um nome únicos, sendo importante mater a atenção pois dependendo do equipamento, nenhum alerta é exibido, podendo resultar em falhas de funcionamento. Para criação de uma VLAN são necessários os seguintes comandos:
switch# conf t
switch(config)#vlan 600
switch(config-vlan)#name [nome_da_vlan]
switch(config-vlan)#end
switch#
     Além de inserir um único VLAN ID, é possível inserir uma série de IDs da VLAN separados por vírgulas ou um intervalo de IDs de VLAN separados por hífens usando o comando vlan vlan-id. Por exemplo, use o seguinte comando para criar as VLANs 10, 20,31,32,33,34,35:
switch(config)#vlan 10, 20, 31-35
     A definição 31-35, cria as dentro do intervalo definido, sendo criada com o nome padrão VLAN0ID. A inclusão do comando no a frente do comando de criação, remove todas as VLANs criadas.
switch(config)#no vlan 601, 602, 605-610
     O comando show vlan permite que sejam visualizadas as VLANs existentes, bem como quais portas cada uma está atribuída. As portas que não possuem nenhuma atribuição, são mantidas na VLAN Padrão (ID 1), conforme figura abaixo.
Saída com comando show vlan

     O comando show vlan pode também ser complementado com outras palavras chaves tais como:
  • show vlan name [NOME]: exibe informações da vlan [NOME]
  • show vlan id [ID]: exibe informações da vlan [ID]
     A criação de VLANs em todos os equipamentos da rede, também pode ser automatizada, através do protocolo GRVP (Generic Vlan Registration Protocol), ou de protocolos proprietários, os quais devem ser utilizados com uma atenção especial, visto que permite também a exclusão automatizada, resultando em problemas de conectividade.